segunda-feira, 20 de junho de 2011

+ um comentáario !

http://www.sorocaba.unesp.br/cursinho/Resumos/a_cidade_e_as_serras.pdf

entrem ! e leiam !
é um resumo por capítulo e depois tem informaçoes importantes e interessantes !!

O link veio de um colega nosso da turma !
Vlwww *-*

Colaboradora Érica :*

Comentário A Cidade e as Serras - Objetivo.

A Cidade e as Serras
Eça de Queirós

Movimento Literário: Realismo (Portugal)

Características
* Estilo: linguagem correta, perfeita, com extremo dominio do léxico. O estilo flui sem interrupçoes, preciso , contínuo e maleável. O volume é vazado dosando a ironia, a irreverencia e a sensatez.
* Narrador: narrado em 1ª pessoa por José Fernndes, personagem secundário; bom observador, ouve com atenção as opinioes e acata a supremacia do protagonista Jacinto.
* Cenário: os círculos mais abastados de Paris e as serras de Tormes, em Portugal, no final do século XIX.
* Personagens:
* Jacinto: personagem central da obra. por seu berço abastado, por sua boa sorte e boa saúde era conhecido como "Príncipe da Grã-Ventura". acreditando que o homem só é "superioramente feliz quando é superioramente civilizado", reúne, em sua residencia de Paris aquilo que a tecnilogia, os avanços da ciencia, a cultura e a riqueza podem dar. suas investidas e sua enorme cultura o fazem passar a maiorda mais completa euforia (deslumbramento) ao maior pessimismo (cansaço da civilização). Reconcilia-se com a vida ao desembarcar em Tormes e defrontar-se com a beleza da natureza. Uma pequena nuvem embaça a vivência de jacinto em Tormes, quando descobre a pobreza dos camponeses de suas terras, esforçando-se para lhes oferencer melhores condiçoes de vida. Casa-se com Joaninha, que lhe dá dois saudáveis filhos, fazendo-o esquecer-se de Paris.
* José Fernandes: é amigo do portagonista. De origem fidalga, foi expulso de Coimbra, sendo mandado pelo tio à Paris para estudos. Acamaradou-se com Jacinto, tornando-se atento observador das transformaçoes por que passa o personagem. Na volta de alguns anos em Portugal, após a morte do tio e protetor, envolve-se em uma aventura amorosa com Madame Colombe, que lhe furta jóias e ouro. Constata com a descrença e o pessimismo de Jacinto e o acompanha à Tormes, em Portugal. Após a conversa do amigo, José Fernandes retorna a Paris e, ja nao vendo mais encanto na cidade, resolve regressar definitivamente à sua terra.
* Outros personagens: Na linhagem familia do protagonista, têm o avô Jacinto Galeão, milguelista estremado que se refugiou em Paris quando dá derrota de D. Miguel; e há o pai Cintinho, homem de pouca saúde que nao conheceu o filho. O círculo de Jacinto em Paris é composto pelos elementos da alta roda, personagens caricaturescas sempre apontadas por suas veleidades, como as da Mundanda Mademe d'Oriol, as do Grã-duque Casimiro e as do banqueiro judeu Efraim, representantes da burguesia que fazem do progresso uma fonte de lucro a gerar a desigualdade social. Dotado de inegável capacidade filosofante, está o criado Grilo. Do lado oposto, estão os representantes da serra, a nobreza rural e os trabalhadores braçais miseráveis que são focalizados para acirrar os contrastes.
* Enredo: Na primeira parte, o narrador faz um retrato de Paris, centro do progresso e da civilização que, se a um tempo contrói a grandeza, por outro, destrói a individualidade  humana e marginaliza os menos privilegiados. Jacinto resolve partir para as serras, tendo coo pretexto a reconstrução de sua propriedade. Embarca os trastes do progresso mas perde a sua bagagem, chegando a Tormes só com a roupa do corpo. Eufórico com a vida no campo, gradativamente assimila os valores da natureza, embora, em contato com a miséria, procure reformar e remodelar a estrutura rural arcaica de Portugal.

Comentáario A Ciidade e as Serras - ETAPA

A Cidade e as Serras (1901)
Eça de Queirós

Ultimo ramance de Eça de Queirós (1845-1900), A Cidade e as Serras foi publicado postumamente, em 1901. Nele se encontram as características definidores da terceira fase da obra do autor. Aqui, como em A Ilustre Casa de Ramires, nao encontramos mais a critica acida que marcou a obra de Eça; ao contrario, a atitude em relação à sociedade portuguesa passa a ser ora de benévola tolerancia, ora de verdadeiro entusiasmo. Essa se reconcilia com valores tradicionais daquela sociedade que tao impiedosamente retrata os grandes romances de sua fase propriamente realista (O Crime do Padre Amaro, O Primo Basílio, Os Maias).
A Cidade e as Serras é uma história de Jacinto, um rico herdeiro de propriedades rurais na regiao serrana de Tormes, em Portugal. encantado com Paris, onde nasceu e mora, Jacinto é uma flor da civilização e do progresso: considerada barbara a vida longe das grandes cidades e é um entusiasta das novidades da técnica. Sua casa - um pacelete na regiao mais luxuosa de Paris - transborda de maquina e engenhocas de invenção recente, como geladeira, elevador, aquecedor de ambiente de água (as torneiras, para espanto de todos, fornece agua quente e fria), telefone, "conferençofone' (aparelho para ouvir as conferencias da universidade), teatrofone (aparelho para ouvir as peças que se representavam nos teatros), misturados de saladas, arrancador de cabos de morango etc., etc. Mas, no meio de tudo isso, com uma biblioteca imensa, um cozinheiro dos melhores, uma amante das mais belas e prestigiadas de Paris, Jacinto fica mais e mais desanimado, fraco, doentio, inapetente (nao tem desejo nenhum de comida), pessimista...
O amigo, Zé Fernandes (o narrador do romance) já tentara convence-lo a fazer uma viagem à suas terras de Tormes, mas é um acontecimento ligados aos túmulos do seu antepassado que que faz Jacinto decidir-se a ir à Portugal. La chegando, encontra-se com o campo, com a vida e as pessoas simples do lugar. Casa-se, tem filhos e nunca mais volta a Paris.
Apologia da vida do campo, A Cidade e as Serras, nao é dos grandes livros de Eça de Queirós, mas pe bastante divertido em sua primeira parte ( que ridiculariza os excessos da vida urbana) e, embora se torne um pouco tedioso na segunda metade, pode ser tomado como uma especie de manifesto ecológico algo ingênuo, mas afinado com preocupaçoes que estao hoje na ordem do dia.